Os olhos de Elder tornaram-se impacientes e, logo, foram jogados para a direção da janela, mesmo não podendo mais vê-la. Suas respostas estavam atrás delas.“Enfim”, Feron tentou resgatar a atenção do homem de reações estranhas aos seus padrões. Erguendo-se da cadeira, caminhou até uma prateleira, pegando uma caixa e entregando-a a Elder. “Isto foi enviado juntamente com a carta. Você deve estar aqui novamente pouco depois da hora do sol para apresentar-se. Eu o levarei juntamente com a carta para o seu novo capitão”.“E quem é ele?”“Não faço a menor idéia”.“Sabe pelo menos para qual área estou sendo transferido?”“Sim, mas não cabe a minha posição dizer”, sua voz foi um tanto hesitante e, ao mesmo tempo, especulativa. Feron buscava em Elder reações que ele deveria mostrar e, sentia-se tremendamente frustrado por receber respostas negativas as suas expectativas. Não havia grandes alterações na expressão do patrulha de tantos anos em carreira, havia apenas respingos de decepção e uma curiosidade insana de suprimir suas questões inexplicadas.Elder se levantou ainda com a caixa nas mãos e cordialmente curvou-se em despedida.“Até mais tarde Elder”, disse Feron esperançoso com alguma reação, mas recebendo apenas um novo aceno e o rápido desaparecimento do homem de sua sala.Com a caixa nas mãos, Elder caminhou de volta para casa, mas ainda tendo sua atenção constantemente conclamada pela torre, como se pudesse atravessa-la com seus olhos, desvendar seus mistérios e encontrar o que ele tanto buscava.
"[...] Nenhum coração pode desenvolver-se bem sem muita comunhão íntima com Deus; não existe nada que possa compensar a falta dela.” (Berridge)
15 de jul. de 2011
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