"[...] Nenhum coração pode desenvolver-se bem sem muita comunhão íntima com Deus; não existe nada que possa compensar a falta dela.” (Berridge)

30 de jun. de 2012

Ensina a Criança o Caminho que Deve Andar...

Um bom tempo depois eu volto a postar por aqui. Quase seis meses depois e quanta coisa aconteceu
Há algum tempo tenho trabalhado de forma mais direcionada ao evangelismo para crianças. É claro que a maioria, quando pensa neste tipo de trabalho, logo pensa no livro sem palavras. é uma forma muito prática e clara de mostrar o evengelho para as crianças.
Na minha igreja, começamos há aproximadamente um mês um projeto chamado Tarde da Alegria. Nossa proposta inicial era este tipo de abordagem para que, mais a frente, pudessemos abordar temas e histórias bíblicas diretamente. A idéia veio junto com um tipo de estratégia diferente.

Transformamos o livro sem palavras sem esquete. Esta linha foi trabalhada a partir de uma esquete já existente, que foi a primeira de quatro (unimos a página branca com a verde) da série. Caso seja do seu interesse uma abordagem parecida, estarei disponibilizando os textos no blog. Fique a vontade para utiliza-la ou alterá-la. Aquilo que veio para o Reino pertence ao Reino.

Um breve resumo das temáticas mais abordadas durante as esquetes.

Sara: não somos capazes de chegar perto de Deus por conta própria nem ser perfeitos através de atitudes humanas. Não podemos ser perfeitos porque Deus está perfeito e estamos longe dele quando pecamos. Mas quando o buscamos, é como buscara a perfeição através dele. Quando buscamos uma vida nova, mais parecida com a de Jesus, que foi perfeito, quanto mais parecidos, mas perto da perfeição chegamos. Não por nossa causa, mas por causa dele. Ele nos ensina esse caminho e ele quer que façamos nossa parte de buscar.



Mari: Não adianta pensar que somos perfeitos, porque somos humanos e isso já nos torna pecadores. Pecado não se refere aquilo que as pessoas vêem como algo errado. Pecado existe desde nossos pensamentos até nossas atitudes. Ele está em nós e o único que pode nos libertar dele é o coração renovado por Deus, é como se ganhássemos um novo quando o aceitamos. E esse novo busca Deus para se afastar cada vez mais do pecado. Não adianta somente resistir, já que ele faz parte da nossa natureza. Nossa única alternativa é Deus e o perdão que ele nos oferece.



Beto: Depois que reconhecemos quem é Deus e como ele nos ama, tudo muda. Desde quem nós somos até como lidamos com as pessoas. Deus é amor e ele nos ensina a amar as outras pessoas também. Tratá-las com respeito e viver como uma grande família. O amor de Deus nos aproxima não apenas dele, mas também dos outros. Assim, não estaremos por interesse ou apenas por acreditar que fazer coisas boas será o suficiente, mas porque somos tão felizes com o amor de Deus que queremos espalhá-lo para todas as pessoas ao nosso redor. Isso faz de nós pessoas diferentes.


Em breve, os textos.
Continue fime e não desista. Iniciar um trabalho assim é uma grande ação no Reino de Deus, uma geração intera que pode ser transformada. É um trabalho certemente abençoado e que deve ser regado com muita disposição, alegria e, principalmente, amor por essas crianças.

Até mais o>.

11 de nov. de 2011

Quanto você se importa?

Quanto nos importamos com aquilo que não nos afeta diretamente, pelo menos enquanto não tomamos ciência?



Quebrando Ministério de Gelo


Antes mesmo de qualquer envolvimento com ministérios na igreja é necessária a consciência de uma posição de servos, dos outros e de Cristo, onde não é possível esperar direção daquilo que vem de nós, mas sim, do agir do Espírito Santo que traz até nós as verdadeiras motivações, as verdadeiras verdades, o amor profundo que Jesus mostrou e que espera que tenhamos por sua obra e sua igreja, e o verdadeiro servir.
Assim como Paulo fala em 2 Coríntios, devemos nos purificar das coisas do mundo que contaminam nossa mente e espírito, permitindo que o Espírito de Deus nos aperfeiçoe e purifique, mediante à verdadeira busca de uma vida santa e no temor de Deus[2 Co 7.1]. Se nossa postura começa neste ponto, estaremos prestes a trilhar um caminho de grande desenvolvimento e aprofundamento naquilo que Deus espera de nós.
São diversos os ministérios que temos em nossas igrejas, e como é fácil criá-los e desenvolvê-los. As igrejas crescem, o evangelho de Cristo está sendo pregado e, à primeira vista, tudo está indo muito bem.  O que hoje não temos, são pessoas com senso crítico suficiente para questionarem, primeiramente, algo: O que agrada mais a Deus, quantidade ou qualidade?
Jesus foi o maior exemplo que tivemos de vida e dedicação. Mas muito além de um exemplo moral e espiritual, ele foi o maior exemplo de amor. E esse tipo de exemplo, o que deveria ser um dos mais vistos, talvez seja aquele que é mais esquecido.  As conseqüências disso muitas vezes nos levam a uma vida de legalismo e moralidade, o que não é suficiente para que possamos alcançar a plenitude de um viver que agrada a Deus, onde nossos relacionamentos, entrelaçados com Ele, estarão entrelaçados com as outras pessoas conseqüentemente.

Assim, chegamos ao ponto central: as pessoas.
Não criamos ministérios para encher a igreja ou enriquecê-la, mas sim, para atrair pessoas ao amor de Cristo, para ajudá-las a crescer, para servi-las e amá-las. Ministérios movidos pela compaixão. A mesma que Jesus teve por pessoas que viveram antes de nós, por aquelas que vivem hoje e por aquelas que ainda virão. Essa deve ser a nossa motivação, ser movidos pelo mesmo sentimento que moveu Jesus. E, somente ao experimentarmos isso, podemos entender a complexidade e a profundidade do mínimo que Jesus sentiu por nós, o que será suficiente para a nossa limitada humanidade e, ainda assim, uma experiência de compreensão além de nossa capacidade individual de tentar entender.
Então, chegamos aquilo que é capaz de nos fazer agir. Algo em nós deve acontecer, para que sejamos movidos à ação, e isso não vem de nós, é uma ação realizada pelo Espírito Santo que desperta nossa compaixão pelas pessoas, que nos leva a um ministério, mas para que isso aconteça, os fatores exteriores devem causar reações em nosso interior, provocando as mudanças necessárias para que esse sentimento “exploda” dentro de nós. Estamos sujeitos à ação desses fatores, mas se não nos permitimos ação do Espírito Santo, sendo levados por fatores que nos contaminam, essa motivação estará deturpada e fraca em questão de tempo. O ver da situação das pessoas e da igreja em si deve gerar mudanças e acionar o compartimento de “Eu preciso fazer algo para mudar isso”.
Precisamos entender e enfatizar isso: “Somos motivados a servir pelo mesmo poder que moveu Jesus para servir, o poder do Espírito de Deus. O Espírito Santo desperta em nós a nossa paixão para amar os outros(...) Seu agir faz com que a paixão de amar os outros nos mova a agir em obediência aos mandamentos de Jesus.(...)enquanto a nossa paixão de amar continua sendo agitada pelo Espírito Santo e enquanto nossa obediência aos mandamentos de Jesus fortalece nossa perseverança, cresce em nós a vontade de suportar o sofrimento que o conflito trará à medida que ministramos aos outros em nome de Jesus.”
[Apostila do Discipulado: XII.  Compaixão no Ministério, Dia 01, pág. 55]

Algo está muito errado se isso não acontece conosco, se em nosso coração, não arde a vontade de provocar mudanças no que vemos dentro de nossas igrejas, em nossas vidas. E é por isso que os ministérios são frios ou esfriam com o tempo. Permitimo-nos a sermos levados por motivações que movem desejos humanos a uma realização ego-centrista e não algo que demonstra a paixão que Cristo teve pelas pessoas. O problema não está nas pessoas, está em nosso desprezo da importância de uma motivação legítima, reconhecida por Deus e agradável a Ele, movida por Ele. Por Ele deveríamos ser movidos, mas frente a tantas outras oportunidades acabamos por negar essa ação. A compaixão se esfria e entra em uma ação tipicamente egocêntrica.
Nossa postura deve mudar. Não podemos permitir que sejamos levados por interesses fúteis e humanos, principalmente quando se trata do realizar na obra de Deus [1Pe 4.1-2].  Devemos buscar a transformação de nossas mentes para que possamos oferecer à Deus, não somente algo dentro de seus padrões morais, mas algo movido por Ele e para Ele [Rm 12.1-2].
Basicamente, está na hora de reconhecermos que não somos capazes de nada. Sozinhos...

15 de jul. de 2011

Krieger - A Escolha de um Rei:Capítulo I

Baluarte - O Silêncio do Homem 

Os olhos de Elder tornaram-se impacientes e, logo, foram jogados para a direção da janela, mesmo não podendo mais vê-la. Suas respostas estavam atrás delas.
“Enfim”, Feron tentou resgatar a atenção do homem de reações estranhas aos seus padrões. Erguendo-se da cadeira, caminhou até uma prateleira, pegando uma caixa e entregando-a a Elder. “Isto foi enviado juntamente com a carta. Você deve estar aqui novamente pouco depois da hora do sol para apresentar-se. Eu o levarei juntamente com a carta para o seu novo capitão”.
“E quem é ele?”
“Não faço a menor idéia”.
“Sabe pelo menos para qual área estou sendo transferido?”
“Sim, mas não cabe a minha posição dizer”, sua voz foi um tanto hesitante e, ao mesmo tempo, especulativa. Feron buscava em Elder reações que ele deveria mostrar e, sentia-se tremendamente frustrado por receber respostas negativas as suas expectativas. Não havia grandes alterações na expressão do patrulha de tantos anos em carreira, havia apenas respingos de decepção e uma curiosidade insana de suprimir suas questões inexplicadas.
Elder se levantou ainda com a caixa nas mãos e cordialmente curvou-se em despedida.
“Até mais tarde Elder”, disse Feron esperançoso com alguma reação, mas recebendo apenas um novo aceno e o rápido desaparecimento do homem de sua sala.
Com a caixa nas mãos, Elder caminhou de volta para casa, mas ainda tendo sua atenção constantemente conclamada pela torre, como se pudesse atravessa-la com seus olhos, desvendar seus mistérios e encontrar o que ele tanto buscava.

25 de jun. de 2011

Crônicas de Krieger - O Protetor



Seus olhos brilhavam como fogo. A fome rasgava-lhe por dentro e a luz do crepúsculo reluzia em suas garras fincadas na grama e na terra. O sibilar da morte estava em sua garganta e nada o deteria. Ele estava pronto para atacar. Sombrio, discreto, veloz e forte.
Das folhagens surge em silêncio o protetor. Seus olhos eram fixos e obstinados, seus passos eram calmos e ágeis enquanto ele se aproximava. Sem sombras, sem medo. Em suas mãos, um punhal.  Ele colocou-se a frente de seu povo e, mesmo que lhe custasse a vida, as salvaria. Não eram apenas dele, eram também de seu pai. Ele era responsável por elas, não permitiria que sangue fosse derramado, senão do seu inimigo.
O rugido avançou, jogando-se com força na direção do povo e o garoto, que firmou posição, os olhos e o coração, que palpitava ansioso pela luta. Em um movimento, bruto e até mesmo feroz, não caiu o pequeno protetor, mas a fera que ameaçava a segurança de seus protegidos. Caiu sem vida aos seus pés. Do punhal respingava o sangue de um coração de instinto, que agora, tornava-se frio e sem vida.
Dando-lhe as costas, o garoto sorriu para o a normalidade nas pessoas andando sem se darem conta do que havia acontecido.  Bateu a folhagem das roupas e caminhou para o meio delas. Tomou seu cajado e sentou-se sob a sombra do arvoredo, recostando-se e observando a paisagem no horizonte escurecer na medida em que o sol desaparecia. Mais um dia terminava, e diante do vislumbre de tal beleza, ele entoou canções, agradecido por mais um dia que terminava e exaltando a beleza que diante dos seus olhos, o fazia reconhecer a grandeza daquele que o dera vida.
O dia estava cada vez mais perto. Em breve, chegaria o momento.

6 de jun. de 2011

Desilusão com o Século

Quino, desiludido com o século...
Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento:




A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.

18 de mai. de 2011

Confiar?

Pense:
Você tem planos, certo? Coisas que você deseja muito realizar, sonhos que você quer viver. Mas e se tudo mudar? E se você descobrir que seus planos não se encaixam na vontade de Deus? E se a vontade de Deus para a sua vida seja caminhar para um lado completamente oposto ao que você gostaria e que, para isso, você tivesse que deixar para trás coisas que são importantes para você.
Você obedeceria? Deixaria de lado tudo o que planejou, suas vontades para trás?
A resposta em nossa mente muitas vezes vem rapidamente...
“É claro”
...mas na prática, não agimos tão facilmente quanto falamos.


“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” (Pv. 3.5-6)


Deus quer nossa confiança e dependência.
Quer que sejamos capazes de abrir mãos de nossa vontade e obedecer ao que ele tem nos mostrado.
Ele sabe que temos dificuldade em confiar nele. A prova disso é que todos nós temos questões que não conseguimos entregar totalmente nas mãos de Deus. Geralmente isso acontece porque acreditamos ser capazes de decidir sozinhos.
Deus quer nossa confiança desde as pequenas até as grandes coisas, as mais importantes.




Muitas vezes temos “medo” da vontade de Deus. Esse medo pode ser explicado de algumas formas...
Lembra-se dos planos no inicio da postagem? Da possibilidade da vontade de Deus ir contra o que nós queremos ou esperamos? Essa é uma explicação.
Os missionários se mostram como um grande exemplo para esse ponto. Imagine você e seus planos e, então, eles deixam tudo para trás, muitas vezes a família, a cidade, ou até mesmo o país onde moram, para ir para um país onde os cristãos estão sendo perseguidos ou, de certa foram, sua segurança está ameaçada pelo simples fato dele ser cristão e de estar falando sobre Deus. Acha que é fácil? Que você daria conta? Talvez um dia ele tenha pensado isso, mas se ele está lá, é porque ele deixou para trás não apenas seus planos, mas também seus medos.


Fazemos planos pensando no nosso melhor, mas esquecemos de um pequeno detalhe: o que Deus tem para nós, apesar de não parecer as vezes, é muito melhor do que nós poderíamos planejar. Para nós é difícil entender, pois nossos padrões são diferentes dos de Deus.
Podemos usar o exemplo de quando Deus enviou Samuel a casa de Jessé para ungir o rei de Israel. Samuel foi diretamente para os mais velhos. Por que? Por que eles eram maiores, fortes, bonitos, e com “cara de rei” no ponto de vista dele. E o que aconteceu?
“O Senhor, contudo, disse a Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração".”
Deus rejeitou a todos os filhos mais velhos, pois seu o seu escolhido era Davi. O filho mais novo do qual o pai até mesmo esquecera de chamar. Pequeno,de boa aparência e com o coração do qual Deus se agradara. E o que seria de Israel se não fosse o pequeno Davi o ungido?


(Ler mais sobre isso)


O que pode nos dar “medo” da vontade de Deus as vezes é quando parece que sua vontade é impossível ou absurdo. Devemos nos lembrar que aos nossos olhos tudo parece maior e mais assustador, mas para Deus nada é impossível.
Deus quer nos ensinar a confiar nele, mas também conta com a nossa disposição para aprender e obedecer. Aprendemos a confiar nele buscando conhecer sua vontade através da Sua Palavra. Reconhecemos que precisamos de sua orientação e, conhecendo sua vontade, obedecemos.


Quando nos colocamos a disposição da vontade de Deus e confiamos nele:


Aprendemos a esperar o tempo de Deus. Procure no dicionário o significado de confiar. Certamente você encontrará em uma das definições o verbo esperar. Em Eclesiastes 3 vemos que Deus determinou um tempo para todas as coisas. Sabendo que estamos cumprindo a vontade de Deus temos paz, sabemos que tudo vai acontecer na hora certa. Que em determinadas situações em que não entendemos suas razões, sabemos que na hora certa tudo será esclarecido. Não nos sentimos frustrados quando as coisas não acontecem da forma ou na hora que gostaríamos.


Aprendemos a seguir a direção de Deus. O versículo termina assim: “ele endireitará suas veredas”. Deus estará no controle da nossa vida, nos guiando em direção a sua vontade, aos planos que tem para nós, que são os melhores possíveis. Nos sentimos seguros e temos a certeza de que ele cuida de nós, pois conhece nossas necessidades.


Aprendemos a superar desafios. Agora, procure confiança no dicionário. Foi algo muito interessante quando as descobri. Duas definições que chamaram a atenção: esperança firme; com quem se pode contar em qualquer situação.Todos nós passamos por momentos onde nos sentimos desanimados, ou até mesmo irados quando a situação foge ao nosso controle. Coisas que nos desagradam acontecem e que não conseguimos entender.
Deus usa essas para nos ensinar a confiar nele. A tendência é tentarmos dar o nosso jeito até o momento em que nos resta deixar tudo para Deus. Muitas vezes é fazendo isso que apenas complicamos as coisas.




Se coloque a disposição de Deus, não apenas para servir onde é necessário ou para ir onde Deus mandar, mas esteja também disposto a mudar o que Deus disser que precisa ser mudado, permita que ele realize Seus planos em sua vida.
Procure algo muito importante para você e pense se isso não tem te impedido de entregar tudo nas mãos de Deus.
Busque orientação, aprenda a confiar nele e tenha certeza de que ele só tem o melhor para você.


“E você, meu filho Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e espontaneamente, pois o Senhor sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você o buscar, o encontrará, mas, se você o abandonar, ele o rejeitará para sempre.” (1Cr 28.9)


                                              
Que não seja uma obrigação, mas um ato de confiança.