"[...] Nenhum coração pode desenvolver-se bem sem muita comunhão íntima com Deus; não existe nada que possa compensar a falta dela.” (Berridge)

25 de jun. de 2011

Crônicas de Krieger - O Protetor



Seus olhos brilhavam como fogo. A fome rasgava-lhe por dentro e a luz do crepúsculo reluzia em suas garras fincadas na grama e na terra. O sibilar da morte estava em sua garganta e nada o deteria. Ele estava pronto para atacar. Sombrio, discreto, veloz e forte.
Das folhagens surge em silêncio o protetor. Seus olhos eram fixos e obstinados, seus passos eram calmos e ágeis enquanto ele se aproximava. Sem sombras, sem medo. Em suas mãos, um punhal.  Ele colocou-se a frente de seu povo e, mesmo que lhe custasse a vida, as salvaria. Não eram apenas dele, eram também de seu pai. Ele era responsável por elas, não permitiria que sangue fosse derramado, senão do seu inimigo.
O rugido avançou, jogando-se com força na direção do povo e o garoto, que firmou posição, os olhos e o coração, que palpitava ansioso pela luta. Em um movimento, bruto e até mesmo feroz, não caiu o pequeno protetor, mas a fera que ameaçava a segurança de seus protegidos. Caiu sem vida aos seus pés. Do punhal respingava o sangue de um coração de instinto, que agora, tornava-se frio e sem vida.
Dando-lhe as costas, o garoto sorriu para o a normalidade nas pessoas andando sem se darem conta do que havia acontecido.  Bateu a folhagem das roupas e caminhou para o meio delas. Tomou seu cajado e sentou-se sob a sombra do arvoredo, recostando-se e observando a paisagem no horizonte escurecer na medida em que o sol desaparecia. Mais um dia terminava, e diante do vislumbre de tal beleza, ele entoou canções, agradecido por mais um dia que terminava e exaltando a beleza que diante dos seus olhos, o fazia reconhecer a grandeza daquele que o dera vida.
O dia estava cada vez mais perto. Em breve, chegaria o momento.

6 de jun. de 2011

Desilusão com o Século

Quino, desiludido com o século...
Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento:




A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.